Monet à Beira D'Água - A Viagem

Uma Exposição em 8 passagens

Uma Viagem em 8 atos

“Monet à beira d ́água” é uma viagem pelas pinturas de Claude Monet. Uma viagem imaginária por 8 estações temáticas, com paisagens interligadas por rios, mares e lago, amarradas pela luz e cobertas pela passagem do tempo. É como a própria vida, em que cada fase se dissolve num só movimento … numa só impressão.

“Transformamos legado artístico em narrativa audiovisual”

Leo Rea Lé (Direção Geral)

A imagem em movimento do óleo sobre tela: Saída da Estação Saint Lazare, retrata, à esquerda, em primeiro plano, uma pessoa à espera do próximo trem, em dia nublado. À direita, um poste com relógio e, ao fundo, montanhas encobertas pela mistura da neblina com a fumaça da locomotiva que se aproxima.
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Uma Viagem de Trem

arquitetura e ferrovia nas margens de rios

A viagem de Monet inicia no vapor e segue pela água. Os trilhos que saem da Estação Saint-Lazare e o curso do Rio Sena, são dois caminhos paralelos na rota impressionista. À beira d´água, Monet observa paisagens e passagens para construir impressões.

A imagem em movimento do óleo sobre tela: Campos de Tulipas na Holanda, mostra um moinho de vento com as hélices girando, no meio de um vasto campo florido, iluminado pela luz do sol, em dia claro. À direita, algumas construções.
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Campos e moinhos

plantações e moinhos nas margens de rios

Na rota das colheitas, Monet atravessa as plantações de cereais e de papoulas em busca do ciclo da vida à beira d´água. Nos campos, à luz do sol, pinta o trigo e as flores como se fossem obras do tempo. Colhe vento nos olhos dos moinhos e cores nas pétalas das tulipas.

A imagem em movimento do óleo sobre tela: Paisagem em Port-Goulphar, retrata as imensas rochas amarronzadas da ilha Belle-Île, com formas recortadas, sobre as águas calmas e esverdeadas do mar.
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O mar e a luz

paisagens marinhas

Nas viagens de Monet, uma das rotas mais frequente é a trilha do mar. É lá que ele vê o sol nascer e batiza a “impressão” com água e luz. É lá que deixa seu epitáfio: “quando eu morrer quero ser enterrado numa boia”. O pintor observa o sol afundar nas águas e o farol se levantar à sombra da noite, esperando o novo dia chegar.

A imagem em movimento do óleo sobre tela: Horizonte Nevado, retrata delicados flocos de neve caindo sobre o Rio Sena, que tem suas águas congeladas. Duas pessoas estão à margem do rio no canto direito da obra, ao lado de barcos atracados na neve. À esquerda, vegetação de árvores altas.
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Horizonte nevado

paisagens de inverno

Percorrendo os caminhos brancos para ver os efeitos de luz nas diversas faces do inverno, Monet segue o Sena congelado. No inverno o tempo é frio e a água é dura. Monet pinta estradas nevadas e nevoeiros sobre a lâmina do rio, seguindo em busca da paisagem transformada pelo tempo, das “impressões dos efeitos mais fugazes”.

A imagem em movimento do óleo sobre tela: Ponte Sobre Uma Lagoa de Lírios de Água, em tons esverdeados, mostra a ponte de madeira em arco e o balanço dos galhos das árvores que circundam a lagoa repleta de plantas e flores aquáticas.
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Passeio pelo lago

jardim aquático

De passagem por Giverny, Monet para e constrói um lago para chamar de lar. Planta água para colher os reflexos da luz e flores para imprimir os passos do tempo. Em Giverny, o pintor faz uma jornada dentro de seu próprio jardim, seguindo os reflexos de luz que cintilam na lâmina d´água, e as ninfeias flutuando em busca da “aparência que muda a cada momento com os reflexos do céu”.  

A imagem em movimento do óleo sobre tela: O Grande Canal Veneza, retrata o movimento das águas tranquilas, com postes de madeira, em primeiro plano à esquerda, que saem da água em direção ao céu noturno e estrelado. Ao fundo, a Basílica de Santa Maria della Salute e outras edificações, iluminadas por luzes amarelas.
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Arquitetura do tempo

arquitetura à beira d´água

Caminhando pelas margens de rios e mares, Monet também pinta as metamorfoses da pedra. “Tudo muda”, dizia ele. As construções trocam de pele nos ciclos do dia e das estações, como as plantações de trigo que ficam manchadas pelas cores da aurora e do crepúsculo. Nessas paisagens, Monet pinta o tempo como uma pedra de luz.  A vida é uma impressão do tempo que passa… 

A imagem em movimento do óleo sobre tela: No Prado, retrata uma jovem com vestido longo branco e chapéu florido, sentada na relva salpicada de flores amarelas, com um livro aberto sobre as pernas. Borboletas voam sobre ela e uma delas abre e fecha as asas pousada na borda do livro.
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Paisagens “en vert”

jardins e paisagens silvestres

Em busca da luz que alimenta a casca da natureza, Monet segue as trilhas silvestres e os passeios dos jardins. Segue seu destino pelos caminhos de terra perseguindo “o silêncio colorido”, colhendo as impressões do tempo que se vai como a água de um rio que corre. A vida é uma viagem sem volta.

A imagem em movimento do óleo sobre tela: Flores de Tinta, mostra um campo florido com lírios amarelos, crisântemos roxos e girassóis amarelos..
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Flores de tinta

arranjos e paisagens florais

A vida pode ser explicada por uma flor, e a pintura de Monet pode ser vista como uma onda de tinta. Caminhando à beira d´água, Monet deixa sua pintura florescer e sopra um pedido: “Eu gostaria de pintar como os pássaros cantam”. Se a flor é a imagem da vida passageira, a pintura é seu vestígio: a pegada do tempo que seca e forma pétalas de luz. A vida, como a ninfeia, é “um instante do mundo” (Bachelard).