OFICINA
Pluviômetros caseiros
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Descrição

Dialogando com a temática da água, propõe-se aqui um olhar para o fenômeno das chuvas. Esta oficina pretende mobilizar as seguintes aprendizagens:

Refletir sobre a importância da chuva para o equilíbrio ambiental. Discutir como diferentes comunidades se relacionam com a chuva.
Calcular o volume de chuva em um determinado período de tempo. Construir um pluviômetro caseiro a partir de materiais recicláveis e/ou reutilizáveis.

Tema

Água

Áreas de conhecimento

Linguagens

Nível

EF - Anos Iniciais

Tempo para prática

3 aulas de 50 Min.

Material necessário

● Uma garrafa pet (2 litros)                                  

● Pedrinhas (brita) ou bolinhas de gude

● Régua 30 cm

● Estilete

● Fita Adesiva

● Água

● Corante

Roteiro passo a passo

Embarque

1. A água é o  elemento talvez mais fundamental para se ter vida.Como dizia o filósofo grego Tales de Mileto “ Tudo é água”. Por isso, 71% da superfície terrestre é coberta por água. 5% da atmosfera também é de vapor de água e o corpo humano é composto por 70% de água. O pintor Claude Monet usava a como um espelho em que colhia  reflexos de luz para sua pintura impressionista. Um dos processos do ciclo da água é a chuva que muitas vezes simboliza a revitalização da vida.

 

2. Para embarcarmos na oficina, vamos ouvir a canção “ Noé”  do palavra cantada. (https://www.youtube.com/watch?v=_hhtAzbxBPk),  que trata do mito do fim do mundo por um dilúvio.

 

3. Escutem coletivamente a canção, de preferência acompanhando a letra. Após esta sensibilização, em roda de conversa, o educador(a) pode estimular os  estudantes a falar sobre a mensagem da canção. As questões a seguir podem funcionar como roteiro para esta conversa: 

  • Vocês conhecem o mito de Noé? O educador(a) se quiser pode também fazer a leitura do mito de Noé como mais uma possibilidade desta atividade.
  • Os quarenta dias que choveram no dilúvio de Noé inundou todo o mundo, matando humanos e animais que estavam fora da arca. Quanto será que choveu? É possível medir a chuva?
  • Os dilúvios acabaram?

Criação

Após as discussões iniciais sobre a chuva e as relação dos estudantes com este fenômeno, proponha o seguinte desafio: 

 

1. Se você tivesse de criar um instrumento para medir a quantidade de chuva em um determinado período de tempo, quais seriam suas propostas?

 

2. Deixe que os estudantes reflitam e elaborem ideias iniciais – ainda em forma de rascunho. Socialize as propostas dos estudantes buscando apontar as propostas que mais se aproximem do instrumento oficial de medição de chuva: o pluviômetro. Mostre uma imagem deste instrumento para que os estudantes possam visualizar.

 

3. Na sequência, oriente os estudantes a produzirem um pluviômetro caseiro a partir dos materiais já listados nesta tabela. Se desejar conhecer melhor as etapas de construção deste instrumento você pode acessar https://www.youtube.com/watch?v=XdVCuGnVDXc&t=266s.

 

Etapas para construção do pluviômetro:

  • Com seu estilete, corte a parte superior da garrafa, na altura que ela começa a afunilar.
  • Cubra o fundo da garrafa com as pedrinhas ou bolinhas de gude e encha de água até cobri-las.
  • Faça uma marca à caneta ou com uma fita adesiva no nível da água e regule o zero da régua com este limite, fixando a régua na garrafa.
  • Encaixe a parte superior da garrafa (cortada anteriormente) utilizando-a como funil.

Imersão

1. Com seus pluviômetros prontos, os estudantes deverão escolher um local aberto, de preferência em áreas próximas às suas residências, para instalar o instrumento.

 

2. Peça para que acompanhem diariamente o nível da água de chuva em seu interior (se houver chovido). Depois de uma semana os estudantes devem conferir a quantidade de chuva acumulada e compartilhar com a turma.

Impressão e desembarque

1. Organize uma roda de conversa para refletir sobre a experiência vivida. Você pode lançar mão das seguintes questões:

– Algo mudou na sua forma de perceber a chuva no dia a dia?

– Como o pluviômetro construído pode contribuir com sua comunidade?

– Como podemos construir pluviômetros mais precisos?

– Como foi a experiência de observar e registrar as medidas de chuva diariamente? Quais as dificuldades?

Outros destinos e possibilidades

Projetos que podem ser desenvolvidos a partir desta experiência:

 

  1. Mudanças climáticas.
  2. Impactos sociais e ambientais da chuva e da falta de chuva.
  3. Climas do Brasil.
  4. Projetos de combate à seca no Brasil.
  5. Rios voadores.
  6. Construção de estações meteorológicas caseiras.
Referências

LIVROS:

  • CONTI, José Bueno. Coordenação Sueli Ângelo Furlan, Francisco Scarlato. Clima e meio ambiente. São Paulo. Atual. 1998.
  • STEINKE, Ercília Torres. Climatologia Fácil. São Paulo: Oficina de texto, 2012.
  • SCHMIDT,  R. Você  e  a  meteorologia:  acertos,  erros  e  dicas.  Porto  Alegre:  Est. Edições,  1994.
  • ROSSATO,  M.  S.;  SILVA,  da  D.  L.  M.  Da  cotidianidade  do  tempo  meteorológico: compreensão  de  conceitos  climatológicos. In:  REGO,  N.;  CATROGIOVANNI,  A.  C.KAERCHER,  N.  A.  (Org). Geografia.  Porto  Alegre:  Editora  Artmed,  2007.
  • Livro a “A arca de Noé” de Vinicius de Morais.

ARTIGOS:
https://super.abril.com.br/especiais/diluvio-a-verdade-por-tras-do-mais-universal-dos-mitos/

 

VÍDEOS:

BNCC

COMPETÊNCIAS GERAIS (EDUCAÇÃO BÁSICA):

 

– Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

 

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

 

Ciências Humanas:

– Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica e diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação no desenvolvimento do raciocínio espaço-temporal relacionado a localização, distância, direção, duração, simultaneidade, sucessão, ritmo e conexão.

 

Geografia:

– Desenvolver e utilizar processos, práticas e procedimentos de investigação para compreender o mundo natural, social, econômico, político e o meio técnico-científico e informacional, avaliar ações e propor perguntas e soluções (inclusive tecnológicas) para questões que requerem conhecimentos científicos da Geografia.

 

Linguagens:

– Compreender as linguagens como construção humana, histórica, social e cultural, de natureza dinâmica, reconhecendo-as e valorizando-as como formas de significação da realidade e expressão de subjetividades e identidades sociais e culturais.

 

Língua Portuguesa:

– Ler, escutar e produzir textos orais, escritos e multissemióticos que circulam em diferentes campos de atuação e mídias, com compreensão, autonomia, fluência e criticidade, de modo a se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos, e continuar aprendendo.

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS

Geografia:

(EF01GE05)
(EF01GE10)

 

Lingua Portuguesa:

(EF15LP02) 

(EF15LP03)