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Território dos Afetos
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Descrição

Colocar os estudantes para refletir sobre quem eles são, a partir de lugares, experiências, pessoas, objetos e sensações que marcaram sua vida.

 

Utilizar estes elementos de reflexão para produzir um Caderno do Artista, onde se buscará materializar as reflexões sobre sua identidade em forma de desenho, ilustrações, colagens, registros escritos, poesias e demais elementos que a criatividade dos estudantes possam trazer.



Tema

Território

Áreas de conhecimento

Linguagens, Matemática

Nível

Ensino Médio

Tempo para prática

3 aulas de 50 Min.

Material necessário

Sugestões de materiais para a produção do caderno do artista:

 

● Cadernos novos ou antigos

● Folhas de jornal e revistas ilustradas

● Tesoura

● Cola

 

Obs.: A produção do caderno pode ser realizada de muitas formas. É importante estimular a criatividade dos estudantes em sua produção. Os materiais sugeridos são apenas para iniciar a produção, o conteúdo do caderno virá da forma como cada estudante deseja preenchê-lo.

Roteiro passo a passo

Embarque

O intuito do embarque é fazer com os estudantes se perguntem e encontrem respostas para a pergunta: Quem eu sou? 


1. O embarque inicia com a declamação da poesia Identidade de Pedro Bandeira

 

Identidade

 

Às vezes nem eu mesmo

sei quem sou.

às vezes sou.

“o meu queridinho”,

às vezes sou

“moleque malcriado”.

Para mim

tem vezes que eu sou rei,

herói voador,

caubói lutador,

jogador campeão.

às vezes sou pulga,

sou mosca também,

que voa e se esconde

de medo e vergonha.

Às vezes eu sou Hércules,

Sansão vencedor,

peito de aço

goleador!

Mas o que importa

o que pensam de mim?

Eu sou quem sou,

eu sou eu,

sou assim

Pedro Bandeira


 

2. Em seguida, o docente questiona a turma: será que eu sei quem eu sou? E em seguida começa a dar uma resposta, apresentando-se para a turma.

 

3. Seria interessante que essa apresentação resgatasse  memórias significativas de seu território de afeto: lugares marcantes, experiências marcantes, lembranças marcantes, cheiros, sensações, músicas, devaneios, livros, poesias, pessoas, filmes, enfim … relatos que transmitam aos estudantes quem é a pessoa que se esconde por trás do profissional que leciona a eles. O intuito é estimular os estudantes a compartilhar, com colegas que eles julgam próximos, detalhes de si que talvez eles possam  não conhecer.

 

4. Após essa apresentação, sugira aos estudantes que busquem um ou dois colegas próximos e se apresente a eles, buscando ultrapassar essa barreira superficial e tentando transmitir pedaços de quem eles realmente são.

 

5. Deixe os alunos trocando experiências durante um tempo e depois interrompa a conversa, questionando novamente os estudantes: Quem são vocês?

 

Criação

A aula segue apresentando aos estudantes a proposta de construção de um Caderno do Artista e estimulando os estudantes a resgatar pedaços de si para produzirem seu próprio caderno.

 

1. Professor apresenta Cadernos ou Livros do Artista. Para isto pode-se fazer uso de imagens, exemplos feitos na preparação para a aula e enfim. Abaixo seguem algumas figuras que podem ajudar a contextualizar o que é a produção.

 

 

 

 

 

2. Discutir com os estudantes que Cadernos e Livros do Artista, são cadernos de registro pessoal onde são materializadas referências próprias da identidade do artista: pessoas, lugares, lembranças, memórias, experiências, figuras, enfim … dados coletados de seu dia a dia que o ajude a compreender quem ele é, que tipo de trabalho ele faz.

 

3. Fisicamente, o caderno tem formatos e tamanhos dos mais variados possíveis, podendo ser um livro propriamente, uma dobradura que represente algum lugar físico como uma casa ou parque, uma mescla de formas geométricas simples ou complexas, enfim … tem uma estrutura que reflete a identidade de quem o produz.

 

4. Encerrada a discussão inicial sobre o que é um caderno do artista, convidar os estudantes para que produzam seus próprios cadernos. O primeiro passo importante a se pensar é a organização física dele: como ele deverá ser?

 

5. O planejamento da organização passa também por uma organização matemática de distribuição de espaços a serem ocupados com as memórias. Dobraduras e formas geométricas precisam ter uma atenção especial. Planejar e executar a construção física do caderno é fundamental, abaixo seguem algumas figuras de planejamento de dobraduras, perceba como é importante o planejamento com as medidas.

 

 

 

 

6. Após criada a construção física do caderno, é importante estimular os estudantes a preenchê-lo com elementos que representem a identidade do aluno. Pode-se fazer uso de colagens, desenhos, registros escritos, fotografias, ilustrações, enfim … tudo o que a criatividade mandar.

Imersão

1. Com os cadernos prontos, é momento de partilhar as produções e criar um ambiente no qual os alunos possam apreciar as produções dos demais colegas e utilizá-las para conhecê-los melhor. 

 

2. Para este momento, retomaremos a dinâmica do embarque, mas agora, ao invés de se apresentar para um colega próximo, os estudantes trocam cadernos com os colegas e tentam conhecê-lo agora não por meio das trocas de experiências pela oralidade, mas sim por intermédio de uma produção artística.

Impressão e desembarque

1. Para encerrar a oficina, segue-se para uma socialização coletiva dos cadernos produzidos para que os estudantes agora possam conhecer não somente os colegas próximos, mas também aqueles que não tem muita proximidade.

 

2. Solicite aos estudantes que se sintam confortáveis em compartilhar seus Cadernos do Artista para que os posicionem sobre as carteiras da sala e as distribua de tal forma que os cadernos possam ser expostos e possibilitem circulação pelo espaço da sala.

 

3. Estimule os estudantes a conhecer as produções dos colegas.

Outros destinos e possibilidades

● Pode-se estimular os estudantes a continuar a produção de seu caderno como uma prática de reflexão de sua vida, inserindo elementos e vivências que virão a acontecer futuramente.

● Desta forma, o Caderno do Artista deixará de ser entendido com um trabalho escolar, e passará a ser compreendido.



Referências
BNCC

COMPETÊNCIAS GERAIS

 

– Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

 

COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS

 

Linguagens e suas tecnologias:

– Apreciar  esteticamente  as  mais  diversas  produções  artísticas  e  culturais,  considerando  suas características  locais,  regionais  e  globais,  e  mobilizar  seus  conhecimentos  sobre  as  linguagens artísticas para dar significado e (re)construir produções autorais individuais e coletivas, exercendo protagonismo de maneira crítica e criativa, com respeito à diversidade de saberes, identidades e culturas.

 

Matemática e suas tecnologias:

– Utilizar  estratégias,  conceitos,  definições  e  procedimentos  matemáticos  para  interpretar,  construir modelos e resolver problemas em diversos contextos, analisando a plausibilidade dos resultados e a adequação das soluções propostas, de modo a construir argumentação consistente.

 

 

HABILIDADES ESPECÍFICAS

 

Linguagens e suas tecnologias: 

(EM13LGG301) 

(EM13LGG603) 

 

Matemática e suas tecnologias:

(EM13MAT201)

(EM13MAT307)